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Quatro efeitos perigosos das dívidas na saúde e na vida

Aquela história de que o sono de quem está devendo não é tão tranquilo parece não mero folclore. Algumas pesquisas recentes, conduzidas principalmente por universidades norte-americanas e órgãos independentes de pesquisa, trazem à tona efeitos reais do endividamento na vida familiar.

Os parâmetros interpretados para resumir neste texto os cinco principais efeitos das dívidas na vida das pessoas foram extraídos da pesquisa “The high price of debt: Household financial debt and its impact on mental and physical health”, publicada no periódico Social Science and Medicine, em agosto do ano passado, e de recente publicação da Associação Brasileira do Consumidor.

Conheça quatro efeitos perigosos das dívidas na saúde e na vida

1. Estresse e problemas de saúde

Funciona assim: seu telefone toca e trata-se de um credor questionando-o sobre o pagamento de uma dívida. Oh, de repente você se lembra que está endividado. Essa lembrança gera ansiedade, logo interpretada pelo cérebro como uma ameaça e aciona as glândulas suprarrenais, que por sua vez produz cortisol e adrenalina, hormônios associados ao estresse.

Esses hormônios despejados na corrente sanguínea desencadeiam diversas alterações importantes no organismo, processo que, se repetido com frequência, passa a significar graves problemas de saúde, como úlceras (27% mais comuns nos endividados), rugas, insônia (afeta 1 em cada 4 brasileiros endividados) e elevação da pressão arterial.

Viu só? A lembrança constante da dívida pode tornar sua vida muito mais difícil e ainda ocasionar problemas de saúde bem complicados. Vamos atacar esse problema?



2. Depressão

Parece ser consenso entre profissionais da área de saúde que o estresse (item anterior) pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição (provavelmente genética). E assusta saber que uma em cada cinco pessoas passou, passa ou passará por um quadro de depressão em algum momento da vida.

Não é difícil compreender o efeito que as dívidas podem ter no indivíduo depressivo. A angústia das cobranças, a ansiedade gerada a partir do estresse de saber-se endividado e a realidade financeira desarranjada desanimam, afetam o humor, tiram a motivação, geram medo e insegurança e aumentam o pessimismo.

Tais mudanças são um “convite” para a depressão, que pode se manifestar inicialmente como uma simples apatia e logo se converter em um quadro agudo e, aparentemente, sem origem definida. Pode ter começado com as dívidas, é preciso aceitar isso e estabelecer melhor as prioridades de vida – clique aqui para entender melhor tudo isso.

3. Problemas de relacionamento

Aqui entra em cena a realidade sobre finanças pessoais no Brasil: o tema é um tabu nas famílias. Logo, falar sobre dinheiro em casa costuma acontecer tarde, quando os problemas financeiros são devastadores e o quadro de problemas associado a eles já tomou proporções fatídicas.

Qualquer conversa se transforma em uma oportunidade para culpar o outro pela situação, como se “meter o dedo na cara” fosse resolver alguma coisa. Pode aliviar a tensão individual (é isso que costumamos pensar), mas só agrava o já fragilizado relacionamento e a cumplicidade dos membros da família.

Estar endividado e manter as aparências cria uma frágil sensação de tranquilidade, muitas vezes quebrada de forma brusca pelo choque de realidade. O que parecia um lar feliz logo se transformar em um relacionamento sem confiança. Sim, a falta diálogo constante sobre dinheiro é capaz de fazer isso. Clique aqui para aprender a mudar esse quadro.

4. Queda de produtividade e concentração no trabalho

No início de 2012, foi divulgada, pela SHRM (Society for Human Resource Management), uma pesquisa chamada “Financial Education Initiatives in the Workplace”, indicando que 83% dos profissionais de RH acreditam que os desafios financeiros dos empregados têm impacto na performance da empresa.

Funcionários que enfrentam desafios financeiros utilizam tempo de trabalho para cuidar de questões financeiras pessoais. Segundo pesquisa feita nos EUA pela PricewaterhouseCoopers em 2012 (“Employee Financial Wellness Survey”), 97% dos funcionários utilizam horas de trabalho para cuidar de questões financeiras pessoais, sendo que 22% despendem pelo menos cinco horas por semana.

Conclusão

Ser irresponsável com o próprio dinheiro tem um preço, e ele costuma estar associado a graves problemas de saúde, depressão, divórcios e queda de produtividade no trabalho. Isso sem contar no alto custo financeiro, já que vivemos no país das mais elevadas taxas de juros ao consumidor.

Negligenciar nossa saúde física e emocional em detrimento da inclusão social pelo consumo e de uma vida de aparências e status traz consequências duras. Achar que “é assim mesmo” ou que “não dá pra ser de outro jeito nesse país” é escolher a derrota da união familiar e da disciplina necessária para alcançar seus sonhos. E se podemos escolher, que a escolha seja melhor e mais consciente.

* Via Dinheirama

Fonte: Consumo Consciente

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