Nesta quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, cerca de 160 mil médicos de todo o País não irão atender pacientes com planos de saúde.
A medida, segundo publicado pela Agência Brasil, tem como objetivo valorizar o trabalho médico, além de questionar o baixo salário e a maneira como profissionais e pacientes são tratados pelas empresas de planos de saúde.
“Devemos mostrar para a população que essa paralisação também é em benefício dela, pois os planos de saúde interferem diretamente no trabalho do médico para a saúde do usuário”, disse o presidente da AMBr (Associação Médica de Brasília), Lairson Vilar Rabelo.
ProblemasOs planos e seguros de saúde no Brasil são responsáveis pelo atendimento de 45,5 milhões de pessoas. O número de médicos que atendem pelos planos é de aproximadamente 160 mil.
De acordo com entidades que representam os profissionais, atualmente, a maior parte dos planos de saúde paga entre R$ 25 e R$ 40 por consulta, dependendo da região do país.
Dentre os problemas enfrentados pelos profissionais em relação às empresas estão: os obstáculos para a solicitação de exames e internações, pressão para a redução de procedimento, antecipação de altas e transferências de pacientes.
Defesa do consumidorEm nota, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) disse apoiar a paralisação e lembra que o setor de planos de saúde está há 11 anos consecutivos no topo do ranking de atendimentos da entidade.
O Instituto alerta somente para que a informação sobre a paralisação seja clara e ostensiva, os atendimentos urgência e emergência sejam mantidos e as consultas e procedimentos eletivos cancelados sejam marcados em curto prazo.
“O apoio às reivindicações dos médicos é imprescindível, para que a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), até agora omissa, assuma seu papel previsto em lei e interfira na relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços médicos, o que inclui o estabelecimento de critérios e periodicidade de reajuste dos honorários médicos, sem ônus ao consumidor”, disse a advogada do Idec, Juliana Ferreira.
Fonte: Info Money
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