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Juros para empréstimo pessoal têm a maior taxa desde 2009, aponta Procon-SP

A taxa média de juros para empréstimos pessoais teve alta acumulada de 0,33 ponto percentual nos primeiros cinco meses do ano e chegou a 5,6% em maio

Dando continuidade ao movimento dos juros, observado desde o início do ano na pesquisa realizada pelo Procon-SP, as taxas médias de empréstimo pessoal e cheque especial voltaram a apresentar alta neste mês. O levantamento, feito por técnicos da Fundação Procon-SP, no dia 04 de maio , envolveu as seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

Tomando-se como base à variação anual de 2010, a modalidade empréstimo pessoal deu um salto. De janeiro a dezembro do ano passado, a taxa média do empréstimo pessoal acumulou 0,10 ponto percentual, enquanto que nos primeiros cinco meses deste ano já acumula 0,33 ponto percentual. Neste mês registrou a maior taxa média desde abril de 2009, quando alcançava 5,74% a.m.

O cheque especial também apresenta um movimento ascendente, com 0,35 ponto percentual acumulado nos cinco primeiros meses do ano, ultrapassando o acumulado anual de 2010 (0,34 p.p.).
Voltou ao mesmo patamar das taxas praticadas no segundo trimestre de 2003 (quando o país vivia uma piora das expectativas inflacionárias, fruto de incertezas na condução da política monetária e de uma conjuntura internacional desfavorável).

Empréstimo Pessoal - a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,6% a.m., superior a do mês anterior que foi de 5,49% a.m., o que significa um acréscimo de 0,11 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:
HSBC – alterou de 4,5% para 4,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,49 ponto percentual,
representando um aumento de 10,89% em relação ao mês anterior.

Santander – alterou de 5,63% para 5,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,36 ponto percentual, representando uma variação de 6,39% em relação à taxa de abril;

Itaú – alterou de 6,38% para 6,41% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual,representando aumento de 0,47% em relação à taxa do mês anterior.

Bradesco – alterou de 6,08% para 6,1% a.m., o que significa um acréscimo de 0,02 ponto percentual, representando aumento de 0,33% em relação à taxa de abril de 2011;

A única queda foi promovida pelo Banco do Brasil, que diminuiu a taxa de empréstimo pessoal de 5,48% para 5,39% a.m., o que significa um decréscimo de 0,09 ponto percentual, representando queda de 1,64% em relação à taxa de abril de 2011.

Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,47% a.m., superior a do mês anterior que foi de 9,35% a.m., o que significa um acréscimo de 0,12 ponto percentual.

As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:
Caixa Econômica Federal – alterou de 7,31% para 7,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,64 ponto percentual, representando um aumento de 8,76% em relação à taxa de abril de 2011;

HSBC – alterou de 9,8% para 9,95% a.m., o que significa um acréscimo de 0,15 ponto percentual, representando uma variação de 1,53% em relação à taxa do mês anterior;

Itaú – alterou de 8,96% para 8,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando um aumento de 0,33% em relação à taxa de abril/11;

Santander – alterou de 9,96% para 9,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,03 ponto percentual, representando um aumento de 0,3% em relação à taxa de abril de 2011;

Bradesco – alterou de 8,83% para 8,85% a.m., o que significa um acréscimo de 0,02 ponto percentual, representando uma variação de 0,23% em relação à taxa do mês anterior;

Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independente do canal de contratação, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Na terceira reunião deste ano do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central (ocorrida nos dias 19 e 20 de abril), as autoridades monetárias decidiram elevar pela terceira vez a taxa Selic. O aumento foi de 0,25 ponto percentual, passando de 11,75% para 12% ao ano. Desde o ano passado, o Banco Central já elevou em 3,25 pontos percentuais a taxa.

Desde o fim de 2010 o Banco Central e a equipe econômica do governo vêm tomando medidas para tentar conter o crescimento econômico e a pressão sobre os preços. Até agora, porém, a inflação não deu muitos sinais de arrefecimento. A prévia da inflação oficial (IPCA) já aponta para um índice muito próximo ao teto da meta do BC para 2011, de 6,5%. Há sinais de alguma desaceleração setorial, mas a demanda permanece muito forte.

Os esforços do governo para segurar a expansão do crédito e a inflação já estão se traduzindo em taxas de juros mais altas, principalmente para os consumidores. O momento não é oportuno para realizar financiamentos ou solicitar empréstimos pessoais, por esse motivo antes de assinar um contrato de crédito, o consumidor deve fazer-se, pelo menos, três perguntas:

- Preciso realmente do empréstimo agora?
- Escolhi a modalidade com as melhores condições (taxa de juros, prazo, despesas de contratação)?
- Tenho condições de honrar os pagamentos até o fim?

Para responder a essas questões, é necessário que o consumidor faça uma análise realista de suas necessidades, estabeleça prioridades, planeje cuidadosamente seu orçamento e procure pesquisar e comparar as linhas de crédito disponíveis no mercado.
 

Fonte: Fundação Procon-SP

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