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Febraban estuda contratos mais simples para reduzir reclamações

O diretor de Autorregulação da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Gustavo Marrone, admitiu que a falta de informação clara e simplificada é o que gera reclamações de consumidores contra o sistema financeiro.

Marrone apresentou propostas para resolver o problema em seminário realizado pelas comissões de Finanças e Tributação e de Defesa do Consumidor sobre o sistema financeiro nacional.

Segundo ele, as principais reclamações dizem respeito a cobranças indevidas. Parte delas decorre de serviços realmente não solicitados ou de cobranças não mais permitidas, mas presentes em contratos anteriores às mudanças na legislação.

"Não interessa ao banco dar um produto ao consumidor que daqui a seis meses não vai ser mais cliente do banco. Interessa ao banco criar uma rede de sustentabilidade, onde ele vai ser consumidor sempre desse banco", disse.

A responsabilidade das instituições financeiras sobre a ação pouco ética de seus correspondentes bancários foi cobrada durante o seminário. Chamados de "pastinhas", esses agentes oferecem serviços bancários nos locais onde não existem agências.

Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, Sérgio Belsito, o mecanismo é útil, mas precisa ser interiorizado e fiscalizado pelas empresas que terceirizam o serviço e, indiretamente, pelo Banco Central.

"Existe uma competitividade predatória entre eles. Existe a necessidade de repassar o valor que é pago a eles como comissão, porque eles brigam por causa disso. E o banco tem metas para cumprir, a disputa é muito grande e acontece que o banco, de uma certa forma, fecha os olhos para uma atuação inescrupulosa do correspondente", declarou.

O Brasil tem 30 milhões de novos consumidores de produtos bancários. Segundo a coordenadora do Grupo de Trabalho do Sistema Financeiro Nacional, do Ministério Público Federal, Valquíria Quixadá, é preciso investir na educação financeira da população, mas também responsabilizar as entidades que oferecem o crédito.

Fonte: Folha Online

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