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Crédito: confira dicas para não perder o controle das contas

Os consultores de finanças são unânimes ao dar a receita para chegar ao final do mês com dinheiro sobrando na conta corrente: é preciso ter planejamento e um nível de vida compatível com o que se ganha. "É essencial consumir o necessário, programando as compras e pesquisando os preços", afirma Ricardo Rocha, autor do livro Como esticar seu dinheiro (Editora Campus). Isto, porque o maior obstáculo para manter o controle do orçamento é a contratação de crédito, seja pelo cartão, cheque especial, crédito pessoal ou consignado.

O primeiro passo é saber que seus gastos devem estar limitados ao que você recebe mensalmente. "Nunca some o limite do cheque especial ao salário", afirma Rocha.

Pense muito ao apelar para o crédito, principalmente do cartão - a modalidade mais cara do mercado. De acordo com a Associação Brasileira do Consumidor (ONG ABC), que atende endividados, os juros rotativos cobrados nos cartões são de, em média, 14% ao mês (cerca de 380% ao ano). Apenas a título de comparação, a taxa básica de juros, a Selic, utilizada como parâmetro para remunerar os títulos do Tesouro, está hoje em 12% ao ano.

Porém, se for necessário recorer ao crédito, algumas regras são essenciais. O consultor financeiro Gustavo Cerbasi, autor deCasais inteligentes enriquecem juntos (Editora Gente) aconselha quem não conseguir pagar a fatura do mês correr para contratar outro empréstimo pessoal e pagar o cartão, pois mesmo apelando a outro tipo de crédito, os juros são menores.

Sempre vale a pena trocar uma dívida por outra que tenha juros menores e que, na prática, se torna mais barata. Quem está preso aos juros do cartão de crédito ou cheque especial, deve pedir um crédito consignado para pagar as dívidas anteriores. O juros cobrado no consignado, em média, vão de 2,5% a 3,5% ao mês.

Outra dica é negociar as taxas de anuidade e concentrar as compras em um único cartão, para conseguir mais vantagens com as operadoras.

Se for possível, evite também financiar bens, como carros e motos. "Paga-se duas vezes o valor do que foi comprado", afirma Rocha. "Se não der para fugir do financiamento, poupe o máximo que puder para dar uma entrada maior e reduzir o valor da dívida."

Fonte: Jornal do Brasil

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