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CE: mais celulares que habitantes

Em 18 anos, o número de habilitações no Estado superou a quantidade de pessoas que habitam aqui, segundo dados contabilizados pela Anatel Redução dos preços e avanço tecnológico ao longo dos anos popularizaram o celular entre os cearenses.

No finzinho do ano passado, o celular chegou à maioridade no Ceará. Em apenas 18 anos, o número de habilitações superou a quantidade de habitantes do Estado. Conforme a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o Estado encerrou 2011 com 9.340.320 habilitações distribuídas entre 8.452.381 cearenses, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Censo 2010. O número bateu todos os recordes. No País, a participação do Ceará é 3,86%.

A queda vertiginosa do preço do aparelho, que, na época, era objeto de ostentação de poucos por aqui, foi uma das razões para a popularização do telefone móvel. O absurdo avanço tecnológico desses itens nesse curto espaço de tempo também. Contudo, especialmente nos últimos anos em que a economia brasileira mostra sinais de solidez, a disputa das operadoras por um fatia mais confortável no mercado tem sido acirrada, e desencadeou uma avalanche de facilidades para os consumidores. Estes são seduzidos por promoções atrás de promoções, prazos mais esticados de pagamento, e inovações tecnológicas que, a cada dia, aposentam modelos nem tão velhos assim.

"Disputa acirrada"
Nessa "briga de cachorro grande", de um setor que movimenta bilhões de reais por ano, TIM, OI, Vivo e Claro medem forças também no Estado. Só no ano passado, foram comercializadas mais de 1,6 milhão de habilitações. O mesmo que 134 mil linhas por mês; 4,4 mil por dia; 186 por hora, ou a marca impressionante de três chips vendidos no Ceará por minuto.

No pico desse boom, OI e TIM se revezam à frente do mercado local. A primeira fechou o ano na liderança, com 35,55% de participação. Logo atrás, colada na líder, a TIM, com 34,57%. Em igual período de 2010, as posições estavam invertidas: TIM em primeiro e OI, pertinho, em segundo. Claro e Vivo, com 24,11% e 5,77%, respectivamente, também estão investindo alto para desbancar as concorrentes.

No Brasil
A Vivo acredita que pode reverter a situação no Ceará, já que no Brasil, segue na frente, com 29,54% de market share, ou seja, 71,5 milhões de clientes (até dezembro de 2011, segundo a Anatel). No Nordeste, a empresas está presente em 408 municípios nos estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

A Claro, terceira do País, com 24,93%, possui mais de 60 milhões de usuários. Conforme a empresa, o Nordeste tem sido uma das prioridades. No ano passado, a operadora registrou o maior crescimento na base de assinantes na região, 1,8 milhão de clientes a mais.

"Os resultados positivos que conquistamos no Nordeste são consequência de ofertas agressivas e investimentos constantes que realizamos em qualidade e expansão de rede", afirma o diretor regional da Claro Nordeste, André Peixoto, ressaltando que serão investidos mais de R$ 3,5 bilhões até o fim de 2012 em todo o território brasileiro.

TIM, com 26,6%, vai tentar tomar a liderança nacional da Vivo. A OI, com 18,78% de participação já anunciou investimentos para deixar a quarta colocação. Porém, no Ceará, ambas são as principais empresas do setor não só em vendas, mas também em reclamações. A TIM, inclusive, já foi impedida de vender chips por duas vezes na Justiça.

Habilitados
9,3 milhões de linhas de telefonia móvel estão habilitadas no Ceará, que possui 8,4 milhões de habitantes, segundo o IBGE

Fonte: Diário do Nordeste

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