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Consumo inteligente: use melhor seu dinheiro e evite bagunçar o orçamento

 Para ter um orçamento equilibrado e ficar longe do vermelho, nem sempre o único caminho é via economia e corte de gastos. Uma estratégia ainda mais inteligente é aprender a usar melhor seu dinheiro. Desvendar alguns mitos que rodeiam o universo do consumo, por exemplo, pode ajudar bastante no controle orçamentário.

 Um caso clássico é o tradicional pensamento: “tudo que é mais caro, é melhor”. Ao escolher itens para consumir, as pessoas viviem o tempo todo esse dilema. E, com tantas marcas e tantas opções de modelos e tamanhos, realmente não é fácil escolher. Optando, ao final, pelo mais caro.

 Entretanto, de acordo com o educador financeiro, Mauro Calil, essa atitude nem sempre é a mais correta, caso o consumidor esteja realmente preocupado com as contas. Calil cita o caso do sabão em pó, “se você avaliar bem as opções, vai descobrir que várias delas são do mesmo fabricante, com o mesmo químico responsável; o que muda é a marca e a percepção de qualidade do consumidor”. As pessoas ainda se apegam a um pensamento ultrapassado e, por isso, muitas vezes, acabam gastando dinheiro desnecessário. Embora há alguns anos os consumidores não tinham muitas opções e realmente era comum o mais caro ser o melhor, hoje em dia, as coisas já não funcionam mais assim.

 No supermercado
 No supermercado há um mundo de informações. E ser capaz de avaliar bem os preços e produtos pode significar mais dinheiro no final do mês. As marcas próprias dos supermercados, por exemplo, são boas opções. O professor de economia do Insper, Otto Nogami, explica que os consumidores não precisam ficar tão apreensivos quanto à qualidade desses itens, mesmo porque, “os estabelecimentos não vão colocar seu nome em risco”, diz.

 Mas, vale um cuidado, ser de marca própria não quer dizer que sempre entregará a mesma qualidade. Os supermercados constantemente estão trocando de fornecedores e, por isso, o processo de fabricação muda. O consumidor precisa sempre reavaliar os produtos escolhidos, analisando se continuam entregando a mesma qualidade e se não chegou produtos semelhantes.

 Ainda no caso do sabão em pó, o produto mais caro não necessariamente é o mais caro por entregar a melhor qualidade, mas, sim, porque possui uma determinada essência que onera o produto, por exemplo. Um outro sabão, que não tem o maior preço, pode entregar a qualidade que o consumidor deseja, só que sem os itens supérfluos.

 Do que você precisa?
 Outro problema inerente ao consumo, é saber escolher o produto de acordo com o que você realmente precisa. O que é melhor: um relógio da marca Rolex ou um da Cássio?. A resposta é: depende. O mais caro, sem dúvida, é o primeiro. Mas para definir qual é o melhor é preciso definir o que você precisa. Os relógios Cássio possuem itens que o Rolex não possui, como, por exemplo, função despertador. Se isso for algo que você precisa, temos que o mais caro não é o melhor para você.

 Essa lógica deve ser aplicada em tudo que for consumido, de televisores a geladeiras. De celulares a computadores. No mundo dos eletrônicos há uma infinidade de opções, de modelos, de itens e mais itens. A grande questão é, novamente, do que você precisa? “O preço de televisores semelhantes podem variar de R$ 2 a R$ 4 mil reais”, diz Calil. Ou seja, o dobro.

 O consumidor, portanto, mais do que fazer uma pesquisa de preços, deve saber primeiro o que ele precisa e com esses dados em mãos, procurar o modelo que ofereça qualidade e preço.
 Quando estiver em dúvida entre as marcas, a resposta, de novo, não é escolher o mais caro. Uma boa pesquisa de preço envolve encontrar a opinião de outras pessoas. A dica, portanto, é conversar com pessoas e questionar sobre o produto. As redes sociais e a internet como um todo pode ser uma ótima ferramenta nesse processo, já que concentram uma infinidade de informações.

Fonte: Infomoney

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