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Atolado em dívida no cartão

O que leva o consumidor a usar o rotativo do cartão de crédito sabendo que os juros são estratosféricos?  É um descontrole do orçamento que depois vira uma bola de neve e o consumidor não consegue se livrar.

Como comprovam os dados do ano passado com o aumento da inadimplência no cartão, que atingiu patamar recorde de 40% em dezembro. O Banco Central previa passar para 20% o valor mínimo a ser quitado no mês, mas manteve 15%.

 Reduzir a parcela que pode ser parcelada pelo crédito rotativo obrigaria o consumidor a se controlar. A saída é contratar o crédito pessoal, cujas taxas são menores, e quitar a dívida do cartão.

 Usado sem critério, o crédito fácil encontrado nos cartões pode, e leva, um grande número de consumidores a se atolarem em dívidas. Os juros cobrados para quem deseja rolar a dívida são exorbitantes, de forma que o ideal é encontrar soluções alternativas para se livrar dela, a começar por uma reeducação financeira.

 Se a intenção é sair do vermelho, a primeira providência é inutilizar o cartão, evitando assim fazer novos gastos. Negocie acordo com a administradora. No início do ano a inadimplência dos consumidores tende a aumentar, e muitas administradoras estão mais dispostas a aceitar a renegociação.

 Peça um extrato detalhando como foram feitos os cálculos do saldo devedor. Se tiver dúvidas, peça esclarecimentos, ou entre em contato com algum órgão de defesa do consumidor para confirmar se os cálculos estão corretos.

 Como você provavelmente não tem um conhecimento tão aprofundado em finanças, todo cuidado é pouco para não ser “enrolado”.

Feita a negociação, analise com cuidado os termos propostos e veja se você tem condições de arcar com os pagamentos em dia, pois em muitos casos as operadoras acabam anulando os termos da renegociação se o consumidor atrasar o pagamento de apenas uma parcela.

 Neste caso, volta tudo à estaca zero. Portanto, só aceite condições que você possa pagar. Mesmo que tenha que alongar o pagamento por mais tempo que o pretendido, é melhor optar pela parcela que caiba no seu bolso e não se afobar em quitar a dívida o quanto antes.

Fonte: Folha Online

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