Fevereiro chegou e
os preparativos para o Carnaval estão na reta final. A maioria dos foliões
costuma sair da Capital cearense em direção ao litoral, o que significa gastos
com hospedagem, transporte e alimentação fora de casa. O segredo para
economizar e não ter dor de cabeça com os serviços contratados é o planejamento
e a atenção.
O período momino
coincide com a época de contas extras do início do ano e o primeiro passo para
que os gastos não pesem demais no bolso é a avaliação do orçamento disponível
para os dias de festa, orienta Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em Gestão
Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O professor sugere que os
brincantes pesquisem o quanto antes o valor da passagem e da hospedagem em
sites de busca. "Use pontos do cartão de crédito para a compra das
passagens. Lembre-se também que além de hotéis, a maioria dos destinos de
férias oferece uma variedade de outras opções de hospedagem para
explorar".
A diretora do
Procon Fortaleza, Cláudia Santos, alerta para os cuidados necessários para
garantir o cumprimento dos direitos do consumidor. "As empresas de
transporte terrestre são obrigadas a emitir os bilhetes de passagens com o nome
e o CPF do passageiro e se o ônibus demorar mais de uma hora para sair, a
empresa deverá providenciar o embarque em veículo de outra companhia, sem
prejuízo para o passageiro, ou terá que devolver o valor do bilhete", diz.
Em caso de atrasos acima de três horas, a empresa tem que oferecer alimentação
e hospedagem.
Cláudia acrescenta
que em casos de desistência, os passageiros devem fazer o pedido por escrito
até três horas antes do embarque. A empresa está autorizada a cobrar uma taxa
de reembolso de, no máximo, 5% do valor do bilhete. Já para remarcação de
passagem, a taxa que poderá ser cobrada não pode passar de 20%. "Em
relação à hospedagem, pedimos que guardem os anúncios e propagandas dos
eventos, bem como os recibos e comprovantes de pagamento. Ao alugar uma casa,
busque informações sobre a realidade do local e fique atento às condições do contrato",
esclarece.
Ricardo Teixeira,
no entanto, ressalta que não vale viajar para curtir a festa e se apertar
financeiramente. "Curta o Carnaval de rua. Geralmente as festas fechadas
têm preços mais salgados que o normal, portanto, busque na internet os blocos
de rua que mais te agradem e caia na folia", relata o professor. Teixeira
recomenda também que o folião faça as compras de supermercado na sua cidade de
origem e divida o valor total igualmente entre todos os membros do grupo.
"Leve sua
comida e sua bebida. No Carnaval, os preços das comidas e bebidas costumam
ficar muito mais caros do que o normal", instrui o especialista. Na ida ao
supermercado, Cláudia ressalta que não pode haver diferenciação de preços entre
bebidas em temperatura ambiente e gelada, desde que estejam na mesma área de
exposição. "Além disso, se houver divergência entre o preço da prateleira
com o preço do caixa, o consumidor tem o direito de pagar o menor valor".
Outra dica é comparar preços entre estabelecimentos e verificar sempre a data
de validade dos itens.
Transporte
O professor da FGV
orienta que todos usem e abusem do transporte público. "Outra boa maneira
de economizar no Carnaval é deixar o carro estacionado na garagem e apostar no
transporte público como meio de locomoção. E bebida não combina com
direção", alerta. Mas quem preferir se deslocar por meio dos táxis
convencionais, o Procon ressalta que o valor da corrida deverá ser cobrado por
meio do taxímetro.
Por fim, na hora de
escolher as fantasias, a criatividade é a recomendação. Ricardo Teixeira
aconselha que todos façam a sua fantasia.
Fonte: Diário do
Nordeste
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