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Com 330 mil planos individuais, futuro da Amil ainda é incerto


 O mercado de planos de saúde ficou estacionado na última década.


Mas a concentração no setor aumentou muito, o que deixa clientes da Amil ainda mais apreensivos diante do futuro incerto da operadora. Com 6% do mercado, a Amil tem mais de 330 mil planos individuais.


Esta carteira foi transferida para a APS, uma empresa cujos sócios são companhias do próprio grupo Amil, em dezembro. Este ano, APS realizou uma mudança societária e teve o controle assumido pelo fundo Fiord, em operação que foi suspensa pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na última terça-feira.



 

Hoje, as cinco maiores gestoras de planos de saúde no Brasil — Unimed, Amil, SulAmérica, Bradesco e Hapvida — detêm 71% do mercado, mostra levantamento feito pela KPMG. Há dez anos, essa concentração era bem menor: 56% dos planos estavam nas mãos deste grupo restrito de operadoras. Ou seja, na prática, há menos opções no mercado. E, no caso de planos individuais, a oferta é ainda mais restrita.


A Amil tem 6% dos planos do país. O Sistema Unimed abarca 37% do mercado. SulAmérica e Bradesco têm 5% e 8%, respectivamente. E o grupo Hapvida/NortreDamme Intermédica viu sua participação no mercado subir de 2% para 15% na última década, via aquisição de outras operadoras.


Cliente da Amil há 24 anos, o aposentado Laércio Gonçalves, de 72, teme pelo futuro do seu plano de saúde. Após ter superado três cânceres — no pulmão, na próstata e no cérebro — ele não cogita procurar outra empresa para o serviço:


"Só queria que meu plano retornasse ao status que ele tinha para continuar indo ao laboratório que confio. E nem penso em cancelar a Amil porque, com a nossa idade, fazer outro plano agora vai sair bem mais caro", diz Gonçalves, que paga, para ele próprio e para a esposa Suely Regina, de 68 anos, R$ 2.470 de mensalidade no plano de saúde.


Descredenciamento sem aviso prévio


Ele se queixa do descredenciamento do seu plano, sem aviso prévio, em um laboratório onde costumava fazer exames de rotina, já que seu oncologista recomenda um checkup anual.


Fonte: economia.ig 

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