Se contrair uma dívida relativamente fácil, reorganizar as finanças pode ser uma tarefa das mais difíceis.
Além de ser um esforço que envolve equilibrar gastos, receitas e dívidas, renegociar os débitos com os credores exige uma dose de paciência e flexibilidade para aceitar condições que não eram as desejadas inicialmente, avalia o planejador financeiro Jansen Costa Silva.
"É preciso colocar os juros na ponta do lápis e saber se a oferta é vantajosa ou não."
"Há uma desinformação generalizada por parte do consumidor de como funcionam os produtos de juros, qual o impacto da taxa na dívida que ele tem", afirma Diógenes Donizete, coordenador do Programa de Apoio ao Superendividado do Procon-SP.
De acordo com ele, o cartão de crédito é uma das principais portas de entrada para o endividamento.
"É o consumidor que estoura o limite do cartão de crédito, pega um empréstimo do banco para cobrir a dívida e começa a gastar de novo", afirma.
A renegociação, nessas situações, aparece como solução para trocar uma dívida cara por uma barata, como no crédito pessoal e no consignado –modalidade em que o desconto é feito diretamente na folha de pagamento do trabalhador.
MIGRAÇÃO
Se o banco não oferecer condições vantajosas, afirma o planejador Jansen Costa, vale a pena tentar migrar a dívida para outra instituição financeira.
Alguns cuidados devem ser tomados pelo consumidor, no entanto. O primeiro é olhar o custo efetivo total do crédito, e não apenas os juros oferecidos ou a parcela.
Além disso, os bancos não podem condicionar a portabilidade à contratação de algum produto ou serviço, ressalta o planejador.
Além de trocar a dívida por uma mais barata, o consumidor deve ajustar seu orçamento doméstico de maneira que não volte a cair em dívidas no futuro.
"O cartão de crédito e o cheque especial não fazem parte da renda. Se for preciso, reduza o limite, para evitar dívidas", diz Costa.
Fonte: Folha Online
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