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Evite parcelamentos de longo prazo neste Natal

A celebração do Natal já é amanhã, no entanto, ainda tem muita gente que deixou para fazer as compras de "última hora", principalmente em razão dos depósitos da segunda parcela do 13º salário, encerrados somente na última terça-feira. Tentados pelo dinheiro a mais no bolso, os consumidores já endividados acabam se rendendo ao apelo comercial do período natalino e assumindo novos débitos. Para que isto não aconteça, especialistas da área orientam que estas pessoas prefiram pagar à vista e fujam dos parcelamentos; e, se forem necessários, que sejam feitos em curto prazo.

Carlos Henrique de Almeida, assessor econômico da Serasa Experian, empresa de proteção ao crédito, aponta que o maior perigo está nas tradicionais despesas do começo do ano, como o pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e a compra de materiais escolares, para quem tem filhos.

Previna-se
"Não há problemas em parcelar os presentes, mas acumular dívidas envolve maiores incertezas. Além disso, no próximo ano a renda do trabalhador brasileiro não deverá crescer como em 2011 e 2010", avaliou.
Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), recomenda que o parcelamento só seja feito quando houver condições de pagamento.

Reservas
"Por mais atraído que o consumidor se sinta, ele tem que entender que é importante ter uma reserva, para o caso de imprevistos", disse, referindo-se a casos como perdas de emprego, acidentes em situações não seguradas e problemas de saúde.

Para quem não tem como pagar à vista, Maria Inês indica a seguinte saída: dar de entrada o máximo que o consumidor puder e parcelar no menor número de prestações possível. "Isso vai depender, claro, da condição financeira da pessoa e do valor do produto", ponderou.

Apelo comercial
Para a coordenadora do Núcleo de Educação do Consumidor e Administração Familiar da Universidade Federal do Ceará (UFC), Shandra Aguiar, os últimos meses do ano são marcados por muitos estímulos ao consumo, tanto pelas propagandas quanto pelas relações sociais, dificultando uma reorganização financeira por parte de quem está endividado. "Tem que saber se controlar", reforçou.

Fonte: Diario do Nordeste

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