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Saiba como fugir das armadilhas ao financiar a compra de um veículo

Financie no menor número de parcelas, sem estourar orçamento mensal. As vendas de veículos estão aquecidas e as condições facilitadas de pagamento tornam o sonho do primeiro veículo, ou mesmo da troca por um modelo mais novo, uma realidade. Mas os financiamentos podem esconder armadilhas para o consumidor que não fica atento aos detalhes de contrato.

Para fazer um bom negócio, o primeiro passo é escolher a melhor modalidade de financiamento para o seu perfil: o crédito direto ao consumidor (CDC) ou o leasing. O primeiro tem taxas de juros mais altas, porém oferece desconto para parcelas pagas antecipadamente. Quanto mais antecipado, maior o desconto. A modalidade é ideal para pessoas que conseguem juntar dinheiro e pretendem usar, por exemplo, o 13º salário para quitar parcelas. "Vale a pena pagar a parcela do mês e a última do carnê sempre que possível", afirma o economista Vanderlei Mendes.

Já o leasing possui taxas menores, porém não há desconto para antecipação de parcelas. "É ideal para quem já compromete boa parte de sua renda com um veículo e pretende juntar seu dinheirinho mês a mês para pagar pelo automóvel até a última parcela, sempre uma de cada vez", explica o economista.

Outra coisa que deve ser observada é a  a taxa de juros. Ela deve estar explícita no cartaz com as características do veículo em exibição e no contrato. "Durante a simulação muitos vendedores simplesmente dividem o valor total do veículo em 36 ou 48 vezes e aplicam a taxa de juros, omitindo taxas de abertura de crédito e o Imposto sobre Operações de Crédito, câmbio e Seguros (IOF). É por isso que muitas pessoas tomam um susto quando recebem o talão em casa e perceberm que as parcelas são mais altas que o combinado na loja". Outra "pegadinha", segundo ele, são as vendas com IPVA ou seguro grátis, valores estes que, na verdade, acabam sendo pulverizados nas parcelas ao longo do financiamento.

Já a economista Priscila Fonseca afirma que o ideal é reduzir o o número de parcelas, desde que o valor não fique alto e estoure o orçamento familiar. Como exemplo ela cita o caso de um carro popular de R$ 23 mil, financiado em 24 e 60 meses. "Na primeira situação, ao final do financiamento o consumidor terá pago cerca de R$ 30 mil. Já no parcelamento de cinco anos serão quase R$ 40 mil. O problema é que o consumidor terá de pagar quase dois carros e após esse período a depreciação será de cerca de 40%. O carro torna-se uma máquina de perder dinheiro", afirma.

A economista salienta ainda, a questão da manutenção: "Após os primeiros dois anos começam a aparecer os defeitos e as manutenções preventivas ficam mais caras. Esse gasto extra, somado às parcelas, pode atrapalhar bastante a vida financeira do comprador."

Fonte: G1 notícias

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