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Reajuste de tarifas bancárias pode chegar a mais de 400%

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados quer explicações, das instituições financeiras, sobre o aumento das tarifas bancárias, registrado nos últimos meses. Segundo informações de conhecimento público, o reajuste para uma das modalidades de tarifa - a de renovação de cadastro -, chegou a mais de 400%, nos últimos oito meses. Por requerimento do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), a Comissão realizará audiência pública para debater o tema.

Através do documento, a Comissão solicita que sejam convidados os presidente do Banco Central (BC) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC/MJ), o presidente do Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor e o representante do Instituto Brasileiro de Estudos do Setor Bancário. “Para se ter uma ideia, só na chamada Tarifa de Renovação de Cadastro os consumidores estão pagando até 433%. Isso apenas para que os bancos mantenham atualizadas todas as informações dos clientes, tais como endereço, contatos e informações de crédito”, ressalta o deputado Chico Lopes.

“É um flagrante desrespeito ao consumidor, um aumento completamente fora de propósito, injustificado”, afirma. Lopes destaca que, após um Grupo de Trabalho formado pela própria Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, o BC determinou a regulamentação das tarifas bancárias no Brasil. Os bancos foram obrigados a normatizar as tarifas (oferecer o mesmo tipo de tarifa, com uma nomenclatura padrão, facilitando ao consumidor a comparação entre bancos) e passaram a enfrentar maiores restrições para a criação de novas cobranças.

Com a regulamentação, as tarifas, que chegavam a 70 em alguns bancos, foram limitadas a 30 cobranças padronizadas. “Não se pode aceitar que, para driblar essas regras que visam proteger o consumidor, os bancos aumentem uma tarifa como essa de cadastro, a esse ponto. Isso revela, na verdade, que outras tarifas - extintas quando dessa regulamentação pelo Banco Central -, estão sendo incorporadas à tarifa de cadastro, com prejuízo para o consumidor”, aponta Chico Lopes.

EXEMPLOS
De acordo com alguns levantamentos, o Banco Real alterou a cobrança da tarifa de renovação de cadastro de R$ 18,00 anuais - para R$ 48,00 por semestre, representando o maior reajuste no sistema bancário, com 433% ao ano. No Itaú, a cobrança passou de R$ 15,00 ao ano para R$ 39,00 por semestre, um custo anual 420% maior para o cliente. No Unibanco, a tarifa foi de R$ 19,50 ao ano para R$ 45,00 por semestre -, uma elevação de 361,5% ao ano.

Nos bancos públicos o reajuste foi menor, mas também expressivo. A tarifa de renovação de cadastro passou de R$ 16,00 ao ano para R$ 23,00 por semestre no Banco do Brasil (187,5% de aumento), e de R$ 15,00 por ano para R$ 22,50 por semestre na Caixa Econômica Federal (200%). “Os bancos, que já registram recorde de lucros a cada novo balanço, encontraram nesse aumento uma forma de driblar a regulamentação do governo e a pressão da sociedade por tarifas menores”, avalia Chico Lopes. “Por isso vamos investigar em detalhes esse problema. Queremos ouvir os representantes dos bancos. Vamos cobrar respeito à lei e ao consumidor

Fonte: O Estado

Um comentário:

  1. ola ! deixo aqui minha indignaçao pois estou passando por isso em minha empresa , a gerente chegou no dia 27-04-12 com uma folha pra mim assinar dizendo q eu precisava optar por uma tarifa de 100 reais q antes eu pagava 35 por que se nao viria uma de 300 pois as tarifas vao mudar agora em maio e que o banco pode sim mudar sem pedir muito menos avisar nada ao cliente , estou procurando me informar sobre isso mas nao achei nada na internet e no site do itau nao consta os valores das tarifas só o q cada uma oferece .

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