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Queda na conta de luz será maior, chegando a 18%


A redução na conta de luz tanto para o consumidor como para empresas será maior do que o anunciado em setembro. Ontem, a presidente Dilma Rousseff informou, em pronunciamento nacional, que as residências vão pagar, em média, 18% menos pela energia elétrica, em vez de 16,2%. Indústrias serão beneficiadas com a diminuição de até 32%, em vez de 28%. A medida, que entraria em vigor em 5 de fevereiro, foi antecipada, e começa a valer a partir de hoje.

Dilma afirmou que o Brasil é um dos poucos países que ao mesmo tempo reduzem a tarifa de luz e aumentam a produção de energia - segundo ela, os investimentos no setor permitirão dobrar, em 15 anos, a capacidade instalada de energia elétrica, hoje de 121 mil megawatts. "Esse movimento simultâneo nos deixa em situação privilegiada no mundo. Isso significa que o Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata e mais que suficiente para o presente e o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo."

O desconto será promovido pela renovação antecipada por mais 30 anos das concessões de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica que venceriam entre 2015 e 2017, em troca de tarifas menores, e pela redução de encargos. Serão extintas a RGR (Reserva Global de Reversão) de novos empreendimentos e das distribuidoras de energia elétrica, a CCC (Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis) e será reduzida a 25% a CDE (Conta de Desenvolvimento Energética).

O diretor executivo da Safira Energia, Mikio Kawai Jr., explica que a diminuição na conta será direta. Por exemplo, se o desconto oferecido pela concessionária for exatamente de 18%, e a conta de luz for de R$ 100 - o valor é considerado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) a média cobrada às residências -, o consumidor vai pagar R$ 82.

Segundo o executivo, as tarifas de eletricidade são recalculadas a cada ano e o valor definido permanece durante os 12 meses. Portanto, mesmo que a situação de redução dos níveis de água nas hidrelétricas se acentue e seja necessário acionar mais as termoelétricas, o desconto permanecerá. "A partir de 2014, dependendo do cenário, a redução poderá ser afetada", disse.

Dilma rebateu as informações sobre as secas nas hidrelétricas. "Temos fontes diversas, e, para compensar os períodos de nível baixo de água, elas são acionadas. Não há maiores riscos ou inquietações. Essas previsões não têm fundamento. As térmicas foram normalmente acionadas e, com a volta das chuvas, elas serão menos acionadas."

Para colocar em prática o barateamento, e reforçar o subsídio, já que três estatais - Cemig (MG), Copel (PR) e Cesp (SP) - se recusaram a renovar as concessões, o Tesouro Nacional deverá ampliar o aporte inicial, previsto em R$ 3,3 bilhões. O novo valor, porém, não foi divulgado. Para Kawai Jr., quem vai pagar essa conta será o contribuinte, que provavelmente será onerado em outros impostos.

Fonte: Diário do Grande ABC 

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