No Brasil, comprar a prazo exige um cuidado redobrado com um item que faz uma enorme diferença no preço final: os juros.
Quando o preço à vista parece muito alto, lá está ela: a chance de fazer em muitas, muitas prestações. “A prioridade é olhar nas parcelas, para ver se cabe no bolso”, diz Milton Dias, segurança.
Mas comprar a prazo tem um custo: os juros, uma espécie de remuneração que o banco, as lojas ou mesmo o cartão de crédito cobram para financiar a venda.
As taxas variam de loja para loja e, muitas vezes, também mudam de acordo com o prazo do financiamento. Pensar nesses detalhes pode ser a diferença entre fazer um bom e um mau negócio.
O Jornal Nacional pesquisou o mesmo produto - uma geladeira - em grandes redes, no centro de São Paulo. O número de prestações variou de 5 a 18. E os juros nominais, de 2,88% a 5,90% ao mês. À vista, a geladeira mais barata podia ser encontrada por R$ 2.311.
Em outra loja, um modelo idêntico era vendido por R$ 2,6 mil. E podia ser parcelado em até 18 prestações de R$ 250. Com taxa de juros de quase 6% ao mês. Total a prazo: R$ 4,5 mil.
Numa terceira loja, a geladeira custava mais caro: R$ 2,8 mil. Mas, na venda a prazo, os juros eram mais baixos: pouco menos de 3% ao mês. Por isso, o valor de cada prestação caiu. No final, por causa desses juros menores, a geladeira financiada acabou custando menos que na concorrente.
O professor de finanças William Eid diz que as taxas de financiamento no comércio são muito altas. Ele lembra que o consumidor que não tem como pagar à vista pode recorrer a outras formas de crédito, como o consignado.
“Você consegue uma boa taxa, de 2% ou 2,5%. Ainda fica com dinheiro na mão e compra à vista o bem. Então, você de um lado você paga juros menores, do outro lado, você tem um desconto porque você está pagando à vista”, ressalta o professor.
Fonte: Jornal Nacional
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